(Reflexões após o BIG)
Hoje tive a oportunidade de participar do BIG em São Paulo (Não… não tem nada a ver com o supermercado BIG…rs ). BIG é o Business Insights Group (https://fwsymnetics.com.br/working-groups), constituído há 3 anos, fruto de discussões e de uma inquietação de um grupo de profissionais diante de constantes mudanças, aliada a uma baixa capacidade de reação no ambiente empresarial. O grupo se reúne 3 vezes ao ano e seus encontros procuram provocar reflexões e diálogos sobre desafios e tendências, bem como buscam compartilhar práticas de como empresas têm respondido à estas questões.
O tema deste encontro foi “IMPACTO POSITIVO”, resumidamente “como fazer negócios que tenham impacto social e ao mesmo tempo sejam rentáveis e sustentáveis”. O tema me trouxe muitas lembranças de um livro que ganhei de minha esposa no Natal de 2015 (acho!rs… e que deu muito trabalho para ela encontrar), chamado “A riqueza na base da pirâmide” de C.K. Prarakad, excelente aperitivo para quem quiser entender um pouco como é possível fazer negócios rentáveis e de quebra causar impacto social, mesmo para pequenas empresas, uma vez que o que vale é a ideia de “ser orientado pela causa”, sem deixar de pensar na grana! Afinal nem todas empresas descritas no livro começaram grandes.
Bom… em minha análise o ramo que atualmente atuo (Cooperativismo Agro) vive este “impacto positivo”, pois, além de trazer em sua essência a filosofia da perenidade (sustentabilidade) traz retorno financeiro concreto à seus cooperados (econômico), dissemina técnicas que viabilizam e melhoram a produção de propriedades, fixa as pessoas no campo, gera emprego com renda distribuída localmente (social), além de possuir inúmeras práticas voltadas para preservação do ambiente em toda a cadeia onde atua. Acredito que precisamos trabalhar mais no campo das práticas ambientais (tanto na divulgação das práticas com potencialização de negócios, atuando em nichos, quanto na busca por novas tecnologias para avançarmos na redução do impacto de nossas operações), além de colocar tais temas (ambiental e social) no radar da estratégia e ter como um dos direcionadores nas discussões de negócios.
O que mais me chamou a atenção no evento foram as boas práticas compartilhadas pelos institutos de grandes empresas, que normalmente são constituídos apenas com viés social e/ou ambiental. As práticas apresentadas demonstraram um olhar sistêmico sobre o negócio o qual estão inseridos, e, consequentemente, tais institutos passam a ser promotores de soluções que geram receita para suas empresas.
Independentemente do segmento, é fundamental considerar estas temáticas nas discussões estratégicas das organizações, caso contrário “DE DUAS UMA” ou as organizações que não o fazem ESTÃO PERDENDO NEGÓCIOS AGORA! ou PERDERÃO NO FUTURO!
Parabéns aos organizadores do BIG @Patricia e @Andre, ao Instituto Votorantin pela recepção e case compartilhado e @Aldo, obrigado pela bela apresentação com ótimas provocações que fomentaram as discussões.